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O inglês como ponte entre a criança e novas afinidades – Milena Claus

Em muitas ocasiões, testemunhei pais e professores impressionados com pequenos bilíngues que se expressam muito bem em inglês, com pronúncia excelente, e, ao serem questionados sobre como aprenderam o idioma, respondem com aquela simplicidade que as crianças exprimem como ninguém: “aprendi jogando”, ou ainda, “eu assisto muitos vídeos em inglês no YouTube”. Cenários opostos me ocorrem, porém, quando penso em relatos frustrados de muitos que, apesar de também estudarem inglês, não apresentam a mesma proficiência. Esses, por sua vez, quando indagados sobre sua relação com o idioma, confessam: “estudo inglês, mas, sinceramente, não gosto.”

Esses eventos me remetem à Carlos Drummond de Andrade, ao afirmar que “perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes”. Aqui, no intuito de ponderar sobre a influência da afinidade e do interesse pessoal na aquisição da segunda língua, penso nessa frase na óptica de que, possivelmente, o interesse seja o pilar fundamental no aprendizado de inglês, de maneira que a importância do prazer em aprender é ainda mais enfática do que em muitas outras disciplinas.

Por quê isso acontece? Podemos afirmar que a função de qualquer idioma, antes de mais nada, é comunicar. Crianças que interagem com seus jogos, viajam em suas histórias e, consequentemente, estabelecem comunicação com eles, usam o inglês como a forma de viver essas experiências e acabam por amar o idioma tanto quanto amam o objeto final que essa comunicação intermediou, ou seja, o jogo em si. Aqueles que estudam inglês, mas ainda não encontraram prazer em uma atividade na qual o inglês atue como o elo comunicativo, provavelmente não dominarão a língua com a mesma facilidade.

Em um ambiente de ensino bilíngue, portanto, é sempre positivo estimular o entusiasmo dos alunos em interesses relacionados ao uso do inglês. E apesar de ser praticamente impossível encontrar objetos de interesse pessoal para cada um dos alunos e explorá-los em aula; é plenamente possível encorajá-los a buscarem suas afinidades de forma autônoma e orientá-los para que essas afinidades convirjam com o aprendizado do idioma, afinal, fomentar a busca dos pequenos pela descoberta pode ser a parte mais divertida do processo de ensino e aprendizagem.

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