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Já ouviu falar em transmídia?


Ein? Trans? Mídia? Mas não era pra ser sobre ensino?
Meus caros… É isso mesmo! Vamos falar sobre o conceito de transmídia, mais precisamente daquilo que chamamos de transmedia storytelling; mantenha-se firme no propósito de ler esta coluna e eu prometo que tudo fará sentido (ou pelo menos espero que faça!)

De maneira simples, transmedia storytellingacontece quando plataformas (mídias) distintas interagem e se complementam a fim de formar um produto final: o contar de uma história. Diversos são os grandes nomes hoje envolvidos no estudo e no fazer de histórias transmídia e muitos os exemplos de histórias contadas ou expandidas através dessa técnica, mesmo sem que tenhamos consciência, enfim, de se tratar dessa tal de transmedia storytelling.
Por exemplo, pensemos em Harry Potter. Inicialmente, é provável que J.K. Rowling não tenha imaginado o sucesso que sua série de livros faria, mas a verdade é que hoje Harry Potter é, sem medo de parecer exagerada, um grande império: os livros foram adaptados e ganharam versões fílmicas e os filmes foram expandidos para produtos, jogos, atrações no parque Universal Studios, sites na internet. E é justamente dessa expansão de uma história para tantas mídias que trata a transmídia.

Veja, não estamos falando sobre releituras de uma mesma história. Estamos falando sobre uma história que acontece e se desenvolve em diferentes plataformas; em outras palavras e mantendo o exemplo, a história exposta nos livros e nos filmes não é exatamente a mesma que os fãs de HP vivenciam quando vão ao parque Universal Studios, menos ainda aquela que eles próprios criam ao navegarem no Pottermania.com. Assim, essas plataformas, juntas, formam o todo da história.

(vídeo interessante sobre transmídia – em espanhol)

Enfim, encurtando a história e fazendo com que a coluna ganhe o sentido prometido, falar em transmídia é falar em partes distintas constituindo o todo. Falar em transmídia é saber que fazer uso de diferentes tipos de produção e mídias significa conquistar um público maior e mais variado. E é essa linha de pensamento que pode ser relevante para nós professores de língua.

A proposta que deixo, enfim, é a seguinte: Por que não contar uma história transmídia para nossos alunos? Por que não fazê-los participar do fazer dessa história? Muitos de nós pensamos e pensamos mais um pouco sobre projetos extracurriculares que engajem nossos alunos e que promovam interesse e troca cultural. Talvez um projeto que envolva mídias diferentes (redações, entrevistas, sites, música) interagindo para construir uma mesma história se revele interessante. Ou então, pode ser que o fazer uso de mídias distintas “descomplique” algum ponto “complexo” que tenhamos que trabalhar em aula.
Minha promessa para as próximas colunas é dividir com vocês algumas dessas experiências que já tive e que venho desenvolvendo com meus alunos. Meu pedido é que continuemos compartilhando e fugindo da mesmice para fazer com que nossas aulas sejam transmidiáticas no sentindo de atingir (positivamente!) a maior parte de nossos alunos.
Até a próxima!


Débora Benedetto é formada em História pela PUC e mestranda em Letras (contos de fadas – transmídia) pelo Mackenzie. Possui, dentre outros certificados, o CPE, o ECPE e o CELTA. Atualmente é sócia e professora de inglês da Connect Idiomas.






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