Quem diria que 2020 seria o ano de uma pandemia.
Quem ainda diria que a 3ª. guerra mundial seria com inimigos invisíveis.
A mulher que foi ensinada a brincar de boneca, brincava de mamãe e filhinho, que cresceu ouvindo que seu papel seria cuidar, zelar, doar e quando sobrasse tempo se observar. Assim crescemos…prontas para zelar, cuidar, amar incondicionalmente e lutar pela vida.
A mulher que ainda recebe menos, que sofre preconceito em reuniões e no mercado, que é assediada quando almeja algo, que é vista como sexo frágil. A mulher que muitas vezes é tida como louca, como inflexível, como símbolo sexual ou ainda como um homem de saias…
Eu nasci mulher, nunca me imaginei um homem, e nunca pensei que fosse tão difícil ser mulher.
Na política, ainda somos minoria, na academia em cursos executivos somos a minoria, nos cargos de gestão ainda somos minoria, em número de habitantes estamos quase equivalentes e em nível educacional as mulheres superaram, e mesmo assim, ganham menos, lutam mais, e sofrem mais preconceito.
Ainda não presenciei numa entrevista perguntarem para os homens quando pretendem ser pais, ou se eles levariam seus filhos ao médico…agora para mulheres… centenas de vezes.
Agora na pandemia quem tem sido acionada, a mulher, sobrecarrega por tantos afazeres somados os da casa, família, supermercados, saúde, equilíbrio emocional ainda no cenário homens que dizem não sei lavar banheiro, cozinhar, lavar nem pensar… que homem é este tão autônomo que não se curva a ajudar estas mulheres.
Sim está difícil para todos, mas a mulher louca, de TPM, frágil é a gigante na pandemia, incansável, que abraça tudo e todos e ainda é capaz de dizer: Vai dar tudo certo, eu estou aqui.
Mães ou não, mulheres sim, com encanto, no amor, na sua delicadeza e com muita competência, a mulher consciente do seu papel e acima de tudo capaz de se reinventar.
Cuide de quem cuida, ou chegará um dia que você terá saudade e não poderá voltar no tempo.
Abraços, e muita saúde, perseverança para todas as mães e mulheres do Brasil.