Depois de mais de um ano sem lecionar em turmas de aulas presenciais em institutos de idiomas, na última semana fui convidado por um amigo para que o substituísse durante 10 aulas, sendo 5 turmas diferentes, em um instituto em que ele trabalha aqui em Uberlândia/MG.
Confesso que estava empolgado em voltar brevemente para a sala de aula presencial em grupos, já que por mais de 1 ano tenho me concentrado em aulas online e produção de conteúdo, cursos e workshops para professores.
Todos os que me conhecem já sabem que eu não consigo trabalhar sem levar as técnicas de Coaching para as aulas e foi exatamente isso que fiz em todas as turmas na semana passada: fui buscar a motivação de cada um dos alunos que encontrei.
Imagine você a minha surpresa quando me deparei com perfis de alunos e objetivos completamente diferentes, como o de uma senhora de mais de 60 anos que faz aulas individuais no ritmo dela, do jeito que ela gosta, falando da cadelinha, das muitas plantas e do irmão que tem.
O objetivo formal dela? Conseguir compreender e se comunicar minimamente em uma possível viagem ao exterior que vá fazer com o irmão, mas…
Sabe o que ela realmente vai fazer lá nas aulas? Ativar a mente e ganhar atenção!
Foram apenas 2 aulas com ela, mas o momento profissional mais feliz da minha semana foi quando, ao final da segunda aula, ela deu um gritinho contido dizendo com uma voz triste: “Ah não! Por que acaba tão rápido?”.
Imagine uma aluna que não está nem um pouco preocupada se vai usar “do, does ou did” e sim quer estar na aula para conversar sobre as coisinhas que ela gosta com alguém que vai genuinamente prestar atenção no que ela está dizendo.
Aí está uma das maravilhas de se trabalhar com pessoas e estar aberto para receber suas realidades, vontades e sentimentos: cada pessoa é, literalmente, única e se você estiver realmente disponível, se surpreenderá com cada história de vida que lhe confiarão.
Encerro esse texto com muita gratidão pelos momentos que vivenciei na última semana e que me relembraram que não importa o quanto eu trabalhe com pessoas, sempre haverá algo mais a aprender, a experimentar e a conhecer.
#FoodForThought
O que seus alunos realmente vão fazer lá nas aulas?
O quanto você se abre para receber dos seus alunos ao invés de julgá-los?
